Entre esta segunda-feira (27) e 3 de dezembro ocorre a primeira Semana da Diversidade no município, dedicada a debater a situação da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) de Pelotas. Organizada por diversas instituições, organizações e por movimentos sociais que representam os interesses da comunidade, os dias contarão com programação especial e uma Parada da Diversidade.

Pablo Ledebuhr e Gregori Dalgais, integrantes da Comissão Especial de Diversidade Sexual e Gênero (Cedseg) da OAB Pelotas, adiantam que a semana trará uma pluralidade de visões sobre o tema. Segundo Pablo, a ideia principal é mostrar para a comunidade LGBT que eles são livres para externar seus sentimentos, principalmente no momento de festa que a Parada proporciona.

Uma das maiores reivindicações dessa comunidade é a criação do Conselho LGBT. Segundo Gregori, a instituição já existe no papel desde 2015 e agora falta colocá-la em funcionamento. O conselho seria um espaço institucionalizado onde a população encontraria apoio em diversas causas. A OAB auxiliou na criação de um estatuto para o órgão e agora falta uma articulação dos movimentos sociais para compô-lo.

Em um momento extremamente conservador no país, a Semana da Diversidade é importante para levar informação à população. “As pessoas são livres para pensar. O que nos preocupa é o momento em que esse pensamento é externado e atinge o próximo”, fala Pablo. Os organizadores afirmam que a ideia do movimento é conscientizar e não doutrinar as pessoas a respeito de temas como identidade de gênero e diversidade sexual.

Quem organiza
Além da OAB, estão envolvidos na organização da Semana da Diversidade o Grupo Também, a ONG Gesto, o Núcleo de Gênero e Diversidade (Nugen) da Universidade Federal de Pelotas, o Grupo Diversus - grupo interdisciplinar de estudos em gênero e diversidade sexual do Colégio Municipal Pelotense - e a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra).